Sustainable Horizons Summit 2024 aborda a complexidade da agenda sustentável e convoca uma atuação multidisciplinar em busca de soluções inovadoras.
Ana Toni, Secretária de Mudança do Clima do MMA, abriu o Sustainable Horizons Summit, realizado pela FIA Business School, que reuniu mais de 300 participantes para discutir inovabilidade, ESG, inclusão e sustentabilidade. Toni destacou a evolução da agenda ambiental desde a Eco-92, no Rio, quando o tema era considerado secundário ao desenvolvimento econômico. Hoje, ela celebra a mudança de mentalidade, afirmando que questões ambientais são indispensáveis para guiar políticas públicas e o desenvolvimento sustentável.
Mesmo com avanços, a pauta da sustentabilidade ainda tem um longo caminho a ser percorrido. Por isso, a preocupação da FIA Business School em organizar um evento capaz de discutir diferentes dimensões em torno de um mesmo tema e impactar um grande número de pessoas — foram mais de 300 participantes, dentre alunos e ex-alunos, os mestres, doutores e especialistas docentes da instituição e profissionais de muitas outras organizações.
“O que mais gostei foi o nível do conteúdo: o evento foi além do básico e da discussão sobre o futuro, abordando não só como as coisas deveriam ser, mas como, de fato, elas são. Acho que esse foi o grande diferencial”, disse Paula Rocha Ferrador, gerente de sustentabilidade da Saint-Gobain Abrasivos e ex-aluna da FIA Business School.
Além da palestra inaugural conduzida por Ana Toni, a agenda do Sustainable Horizons Summit contou com vários painéis: Inovação para sustentabilidade e competitividade; Construindo a cultura da inclusão; e ESG e mercado financeiro, uma alavanca de valor. O objetivo dessa programação foi elevar o debate para uma audiência letrada no assunto, trazendo tanto conhecimento teórico, quanto prático, inspirando os presentes a multiplicarem o conhecimento no seu entorno.
“Eventos assim são necessários para que nós tenhamos mais ideias de estratégias para a sustentabilidade e para que possamos nos engajar ainda mais. Por exemplo, eu já quero fazer contato com o pessoal daqui para poder criar soluções para a minha empresa e também para a minha comunidade”, disse Isaías Geronymo Junior, analista de sustentabilidade da DP World que esteve no evento da FIA Business School.
Em sua fala de encerramento, a Dra. Mônica Kruglianskas, Diretora de Sustentabilidade e Parcerias do PROGESA-FIA Business School, destacou a importância de cada profissional lá presente assumir o compromisso de levar a pauta adiante, facilitando o acesso para quem ainda não está familiarizado com o tema, munindo as organizações de elementos para fortalecerem sua resiliência, competitividade e perenidade.
“No evento de hoje, tivemos inúmeros exemplos de como essa agenda é complexa e multidisciplinar. O profissional de sustentabilidade é um tradutor dessa complexidade nas organizações onde estão atuando. Sem esta clareza sobre a crise planetaria – climática, de biodiversidade e da desigualdade – as organizações terão mais dificuldade ainda para inovarem seus produtos, processos e modelos de negócio, e garantirem sua sobrevivência e sucesso num mundo descarbonizado”
Confira os
tópicos do Summit 2024
01. Inovabilidade
Raquel Ogando, Diretora Global de Sustentabilidade e Reputação da BRF-MARFRIG, apresentou um exemplo corporativo de como a companhia de alimentos está trabalhando para reduzir as emissões de carbono em seu entorno.
02. Inclusão
Justamente pela conexão entre o social e o ambiental, o segundo painel trouxe o tema “Construindo a cultura da inclusão” como uma maneira de reforçar o valor de trazer mais vozes para o debate da sustentabilidade.
03. ESG
A reunião de diferentes interessados sobre o mesmo assunto apareceu também na fala de Marcelo Billi, Superintendente de Sustentabilidade, Educação e Inovação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), que compartilhou como a instituição conseguiu aproximar mais pessoas da agenda ESG.
Painel 1:
Inovação para Sustentabilidade e Competividade
Raquel Ogando, Diretora Global de Sustentabilidade e Reputação da BRF-MARFRIG, apresentou um exemplo corporativo de como a companhia de alimentos está trabalhando para reduzir as emissões de carbono em seu entorno.
Orlando Nastri
(Head ESG Citrosuco/Votorantim)
Raquel Ogando
Diretora Sustentabilidade MARFRIG/BRF
Marcelo Behar
VP Sustentabilidade Grupo Natura&Co
Paulo Boneff
Global Head de Organização, Desenvolvimento e Responsabilidade Social na Gerdau
“Não se trata apenas de adquirir créditos de carbono ou transferir responsabilidades; trata-se de agir de forma diferente, repensar como organizamos nossos processos e como podemos reorganizá-los para produzir mais e melhor, com menos carbono”
Marcelo Behar, Vice-Presidente do Conselho do Instituto Ethos
“Fomos inicialmente resistentes à meta de 2050 porque, se estabeleço uma meta para ser cumprida pela próxima geração, qual é a minha responsabilidade? Provavelmente não estarei na Gerdau em 2050, então, qual é o sentido de assumir um compromisso pelo qual não serei responsável?”
Paulo Boneff, Global Head of Organizational Development and Social Responsibility da Gerdau
Painel 2:
Construindo a cultura da inclusão
Justamente pela conexão entre o social e o ambiental, o segundo painel trouxe o tema “Construindo a cultura da inclusão” como uma maneira de reforçar o valor de trazer mais vozes para o debate da sustentabilidade.
Talita André
Gerente ESG Itausa
Livia Simoes
VP Sustentabilidade e Pessoas Volkswagen Caminhões e Ônibus
Lucio Leite
Diretor Executivo do Instituto Akatu
Guilherme Setúbal
Diretor de Relações com Investidores, Institucionais e ESG na Dexco
“Quantas reuniões vocês fizeram com os seus principais concorrentes no ano passado para decidir pautas coletivas? A união de forças é extremamente essencial porque estamos falando de pautas coletivas que dizem respeito à sobrevivência da humanidade”
Lucio Vicente, Diretor Geral do Instituto Akatu
“Nós temos que proporcionar soluções para que essa comunidade viva melhor. A atuação do instituto é da porta para fora, mas entendemos que o impacto também é interno porque se dermos condições melhores para a comunidade viver, teremos colaboradores mais felizes, mais engajados, mais produtivos e um ser humano com melhores condições de vida”
Guilherme Setúbal Souza e Silva, Gerente Executivo de RI e ESG da Dexco
Painel 3:
ESG e Mercado financeiro: alavanca de valor
A reunião de diferentes interessados sobre o mesmo assunto apareceu também na fala de Marcelo Billi, Superintendente de Sustentabilidade, Educação e Inovação da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), que compartilhou como a instituição conseguiu aproximar mais pessoas da agenda ESG.
Guilherme Teixeira
Sócio da ERM - NINT
Lais Paixão
Investment Officer - IFC - World Bank
Fernanda Bidutte
Senior Relationship Manager do Rabobank
Marcelo Billi
Head de Sustentabilidade, Inovação e Educação na ANBIMA
“A ideia é trabalhar em co-desenvolvimento ou em assessoria técnica com as empresas, às vezes investindo até capital de risco em projetos para promover mais iniciativas com impacto, inovação e alinhadas à agenda ESG nos países emergentes”
Lais Paixão, Investment Officer da IFC.
“Temos que equilibrar e considerar o que é um risco aceitável, o que realmente faz sentido financiar, pois a mudança gerada será significativa. É avaliar o impacto que aquilo trará em relação ao risco que teremos que assumir do outro lado”
Fernanda Bidutte, Senior Relationship Manager do Rabobank
Esses e outros dilemas discutidos ao longo do evento destacam a complexidade da agenda de sustentabilidade e a importância de integrar esse desafio aos debates estratégicos das organizações.
“Ao longo do dia de hoje, tivemos inúmeros exemplos de como essa agenda é complexa e multidisciplinar. O profissional de sustentabilidade é um tradutor dessa complexidade nas organizações onde estão atuando. Sem esta compreensão sistêmica, as organizações dificilmente serão capazes de transformarem seus produtos, processos e modelos de negócio para atuarem em linha com os limites planetários e assim garantirem a relevância, resiliência e perenidade do negócio numa economia de baixo carbono.”
Mônica Kruglianskas, Coordenadora Adjunta e Diretora de Sustentabilidade – PROGESA-FIA Business School