O evento, realizado pela FIESP com parceria da FIA Business School, foi o marco de lançamento do acordo de cooperação entre as duas instituições para a formação e capacitação do setor industrial quanto aos princípios ESG, na jornada rumo à economia de baixo carbono.
O evento “Rumos do ESG na Indústria Paulista” contou com a participação da alta direção da FIA Business School e da FIESP, com o objetivo de discutir como as empresas podem se posicionar em relação à agenda ESG está o cenário no Brasil. Então, veja abaixo os pontos principais discutidos durante este encontro.
ESG na Indústria Paulista: mais que uma tendência, é realidade
Rafael Cervone Netto, 3º Vice-Presidente da FIESP destacou no evento “Rumos do ESG na Indústria Paulista” que “ESG não é uma tendência. Já está acontecendo e atrelando bônus a executivos”. Já o Prof. Isak Kruglianskas, Coordenador do PROGESA, colocou que a pandemia gerou uma crise de longo alcance. Portanto, ressaltou que a resposta corporativa deve passar pela revisão de prioridades, pelo escrutínio público das áreas-chave da agenda ESG.
Para isso, precisa considerar fatores como o desenvolvimento da empresa, capital humano e resiliência. Sem dúvida, isso terá um impacto no interesse dos investidores e credores. De acordo com o prof. Isak, “a Covid-19 demonstrou que o nexo entre o desempenho corporativo e o bem estar social nunca foi tão necessário”.
As demandas da agenda ESG
Em seguida, a coordenadora de sustentabilidade do PROGESA, Profa. Monica Kruglianskas conversou com os convidados do evento sobre as experiências deles em relação ao crescente interesse e demanda sobre a agenda ESG.
Aqui, o Presidente da Suzano, Walter Schalka, falou sobre a urgência do ‘E’ e do ‘S’ da sigla. De acordo com Schalka, são considerados objetivos impostergáveis, evidenciando a necessidade de investimentos urgentes. Sobretudo, na descarbonização global.
Além disso, destacou a necessidade de eliminar o desmatamento na Amazônia, incentivando o cumprimento da lei. Afinal, 97% do desmatamento realizado na região é ilegal. Também é preciso ainda resolver a questão social de 25 milhões de amazônicos. De fato, essa ação conjugada com a diminuição da emissão de carbono, renderá ao Brasil USD 10 Bilhões ao ano no mercado regulado.
Com efeito, a mudança de mindset é necessária, sobretudo nas cadeias de fornecimento. A saber, deve-se pensar aqui de forma colaborativa, e não competitiva, a fim de buscar alcançar um objetivo socioambiental em comum.
Por fim, Schalka enfatizou a necessidade de pensarmos conjuntamente sobre o futuro do planeta. Para isso, agindo de forma colaborativa e não competitiva, e transformando a sustentabilidade em recurso e fonte de lucro.
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
O Superintendente da área de Gestão Socioambiental do BNDES, Júlio Costa Leite, explanou sobre a trajetória do BNDES para se tornar um player promotor do desenvolvimento sustentável no país. Também falou sobre o contexto do ESG na realidade brasileira.
Assim, Júlio explicou sobre uma série de mecanismos e produtos que o BNDES tem lançado nos últimos anos para impulsionar o compromisso com os ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) da ONU. Além disso, debateu sobre a importância do mercado de carbono e a necessidade de regulamentação do mercado nacional. Bem como da necessidade de consolidar de mecanismos mais robustos.
O impacto das boas práticas de ESG
Enfim, nesse encontro foi abordada a influência das boas práticas ESG nas grandes empresas, que reforçarão a temática ao longo dos elos da cadeia. Com isso, essas práticas chegarão também às médias e pequenas empresas. Além disso, ficou claro o papel do banco no auxílio para a disseminação do tema.
Sem dúvida, o evento colocou em evidência a inevitável trajetória empresarial rumo à economia de baixo carbono, tanto no nível nacional, quanto global. Então, para ilustrar, foram trazidos exemplos concretos como dois expoentes brasileiros estão se posicionando em relação a agenda ESG e como a cadeia produtiva nacional deve se preparar e se atualizar para acompanhar essa evolução. Assim, o convênio entre a FIESP e FIA foi desenvolvido especialmente para atender a essa necessidade da indústria paulista.
Veja o Webinar Rumos do ESG na Indústria Paulista na íntegra!
Então, assista o vídeo completo e saiba mais sobre a experiência da Suzano e do BNDES, em prol do desenvolvimento sustentável, e como isso tem sido visto em nosso País.